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Não somos pelo passado, nem do presente. Veneramos o futuro, esse potencial de novidade que precisa se concretizar.


FIAT LUX!

Nós humanos não curtimos o passado e pouco gostamos do presente.

Pois veneramos mesmo é o futuro.

Por fim, queremos esse momento que ainda não é. Ou seja, que existe apenas como potencialidade de vir a ser. Pois estamos sempre pensando, falando, cultivando, esse tempo vindouro.

E então não é assim: é como quando estamos ansiosos por retirar a roupa ao final do dia e vestir uns panos limpos e novos sobre o corpo. É uma ânsia de algo diferente, de algo novo.

Foto de imagem do sol nascente refletido no lago.

Isso me faz lembrar de um termo em latim: fiat lux. No português de todo dia quer dizer: faça-se a luz. Teria sido com este termo que Deus iniciou o mundo. Implantou um novo começo, um novo tempo. Um futuro. Depois o termo virou mesmo foi a marca impressa na caixa de fósforos. Mas isso já é muito significativo. Pois ao riscarmos o palito, “fazemos a luz”, iluminamos o mundo das nossas pupilas.

Esse desejo pelo novo, pelo diferente, pela novidade, explica a ansiedade que sentimos em fins de dezembro pelo ano que se aproxima.

Aguardamos que se “faça a luz” neste futuro que se avizinha. Desejamos um novo tempo, uma vida diferente.

Mas eu gostaria de propor uma outra visão: a de que somos convocados por esse futuro a um olhar novo sobre o mundo. Um olhar novo sobre o mundo ao invés de um mundo novo, que sabemos que não vai existir.

Com um novo olhar, podemos também ter outras atitudes, diversas posturas e ações.

Então, desenvolvendo um olhar diferente para o novo ano, driblaremos aquela conhecida frustração do mês de fevereiro, quando já constatamos que tudo segue igual ao ano velho.

Pois que um novo olhar nos permite um começar de novo, nos possibilita um mundo novo.

E futuro é isso, um potencial de novidade que precisa do nosso FIAT LUX para se concretizar.


Áudio: Trabalhos técnicos de Ricardo Lima – RÁDIO UEL.

Acesse AQUI outro post da Coluna O COTIDIANO.

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