Na selva de modismos, esquecemos o óbvio, mas no final o que vai restar é o fundamental, a nossa humanidade.
O ÓBVIO SEPULTADO ESTÁ.
Quero mesmo é saber onde enfiaram o óbvio. Afinal, só vejo coisas complicadas, exóticas. A cada momento um termo novo, uma ideia revolucionária, um conceito inovador. E o arroz com feijão? O óbvio, onde fica nessa balburdia toda?
Estamos esquecendo o elementar. E o básico é que mereço ser feliz.
Mas parece que isso não importa. Precisamos é estar conectados, postar uma foto com um chope espumando e um sorriso falso.
Que tal despachar um “eu te amo” ao invés de uma zoada de emojis que nada expressam?
Em meio a tanto politicamente correto, tantas incompreensíveis abordagens de gênero, é possível contar uma piada inocente? Sabe, aquelas que não ofendem ninguém. É óbvio que podemos.
É legal ler escritoras mulheres, negras, autoras nem tão mulheres, nem tão homens. Mas também pode-se ler um homem branco, classe média. Contrapor os argumentos, as abordagens, as discussões.
Vai bem uma torta low carb; mas desce bem um ovo frito no pão.
Tudo bem respeitar as diferenças, mas podemos evidenciar as igualdades, aquilo que nos aproxima, para evitar que as diferenças nos afastem.