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O óbvio sepultado está

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Na selva de modismos, esquecemos o óbvio, mas no final o que vai restar é o fundamental, a nossa humanidade.


O ÓBVIO SEPULTADO ESTÁ.

Quero mesmo é saber onde enfiaram o óbvio. Afinal, só vejo coisas complicadas, exóticas. A cada momento um termo novo, uma ideia revolucionária, um conceito inovador. E o arroz com feijão? O óbvio, onde fica nessa balburdia toda?

Estamos esquecendo o elementar. E o básico é que mereço ser feliz.

Mas parece que isso não importa. Precisamos é estar conectados, postar uma foto com um chope espumando e um sorriso falso.

Que tal despachar um “eu te amo” ao invés de uma zoada de emojis que nada expressam?

Em meio a tanto politicamente correto, tantas incompreensíveis abordagens de gênero, é possível contar uma piada inocente? Sabe, aquelas que não ofendem ninguém. É óbvio que podemos.

É legal ler escritoras mulheres, negras, autoras nem tão mulheres, nem tão homens. Mas também pode-se ler um homem branco, classe média. Contrapor os argumentos, as abordagens, as discussões.

Vai bem uma torta low carb; mas desce bem um ovo frito no pão.

Tudo bem respeitar as diferenças, mas podemos evidenciar as igualdades, aquilo que nos aproxima, para evitar que as diferenças nos afastem.

O óbvio está perdido numa selva de modismos. Porém, no final da história, o que vai restar é o fundamental, a nossa humanidade.

logo rádio UEL

Áudio: Trabalhos técnicos de Ricardo Lima – Rádio UEL.

Acesse AQUI outro post da Coluna O COTIDIANO.

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