HU anuncia medidas para conter o avanço da infecção por COVID-19
Coletiva de imprensa no saguão do HU/UEL(FOTO: HU/UEL)A direção do Hospital Universitário da UEL (HU/UEL) apresentou para a imprensa o Plano de Contingenciamento do hospital, para o enfrentamento da pandemia de coronavírus COVID-19. As mudanças anunciadas para o HU/UEL e Ambulatório de Especialidades do HU (AEHU) estão em discussão de forma técnica desde janeiro. Participaram da coletiva de imprensa, além da superintendente do HU Vivian Feijó, a diretora clínica Luiza Moriya e a infectologista Zuleica Tano.Com relação a número de leitos para atender pacientes suspeitos de COVID -19, a superintendente do HU afirmou que, no momento, o hospital possui dois leitos de isolamento no Pronto Socorro, destinados ao primeiro atendimento dos casos regulados pela Central Estadual de Leitos, SAMU e SIATE, além de leitos de retaguarda na Unidade de Moléstias Infecciosas.Como parte do Plano de Contingência em andamento, está o desvio do fluxo para o primeiro atendimento aos casos suspeitos para um consultório exclusivo, instalado no andar superior ao setor de Pronto Socorro. Além disso, 10 leitos de Terapia Intensiva estão sendo estruturados neste mesmo local, os quais fazem parte da obra recém-entregue da Unidade Cardiovascular.Paralelamente, a unidade de Moléstias Infecciosas e a Unidade de Tisiologia estão em fase de reorganização para que os seus 40 leitos existentes sejam disponibilizados exclusivamente aos pacientes infectados pelo coronavírus. Existe a perspectiva de que mais 10 leitos de UTI sejam disponibilizados caso ocorra um número elevado de casos. No que se refere aos testes para diagnosticar o COVID-19, estes estão sendo disponibilizados para os pacientes que apresentam sintomas que indiquem a necessidade de internação. Os pacientes que não necessitam ficarem internados são orientados a permanecerem em quarentena em suas casas.Contratações – Vivian Feijó explicou que, para viabilizar o funcionamento dos 20 novos leitos de UTI e 40 leitos de retaguarda, exclusivos para pacientes com infecção pelo coronavírus, será necessária a contratação de cerca de 200 profissionais, de várias especialidades. O processo se dará por meio de ação da Universidade Estadual de Londrina, que realizará Processo Seletivo Simplificado (PSS).Já os servidores da instituição estão em processo de capacitação intensiva quanto às medidas de prevenção de infecção e quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para garantir a segurança de todos os envolvidos na assistência.COVID-19 e fake newsA superintendente garantiu que hoje não há nenhum caso confirmado de COVID-19 no hospital, e que a notícia de que existem crianças internadas na UTI por causa do novo vírus não é verdadeira: “Temos sim crianças na UTI que estão lá por problemas respiratórios graves e que, por uma questão protocolar, colheram material para exames do coronavírus”, conta.
Superintendente do HU/UEL, Vivian Feijó, desmentiu as afirmações veiculadas nas redes sociais. Ela garantiu que “não há motivo para pânico” (FOTO: HU/UEL)Ela negou que os médicos estejam escolhendo quais os pacientes serão salvos, conforme um dos áudios que está circulando em rede social. Vivian Feijó desmentiu as afirmações veiculadas nas redes sociais e garantiu que “não há motivo para pânico. As restrições impostas são medidas de prevenção para evitar problemas futuros”.Feijó também solicitou que a diretora clínica e chefe da UTI pediátrica, Luiza Moriya, esclarecesse a situação real da unidade pediátrica: “O tratamento dado às crianças é o mesmo que em qualquer caso. Estamos em fase de diagnóstico, mas não estão sendo monitoradas por coronavírus. Estamos em uma época do ano em que aumentam os casos de doenças respiratórias”.AEHUNo âmbito do Ambulatório de Especialidades do HU (AEHU), as consultas, retornos e exames foram cancelados, mantendo apenas atendimentos aos casos de urgência, como as gestantes de alto risco e/ou oncológicos, entre outros. O reagendamento será feito assim que a situação se normalizar.Procura direta – A população também pode ajudar o HU na luta para conter o COVID-19. Segundo a superintendente, nesse momento a população não deve procurar o HU para atendimento direto. O Hospital, segundo Feijó, é especializado, referência para atender o paciente grave com suspeita de COVID-19, então “temos que deixar a estrutura para esse paciente e ainda para os casos de dengue que continuam aparecendo. Vamos atender apenas os casos de urgência e regulados pela Central de Leitos, SAMU e SIATE”.