Um programa muito especial que começa com um disco que fez um resgate histórico da música crioula pré-jazz de New Orleans. A façanha é do canadense Benoît LeBlanc que em “Mò kouzin, mò kouzinn” (Les Disques de l’Oye Blanche) apresenta narrativas originais de escravizados, ritmos e lamentos afro-caribenhos que desempenharam um papel importante na gênese do patrimônio musical norte-americano.
Depois, vamos ouvir o que dá a mistura do som cru das bandas de metais dos Bálcãs com as alegrias e tristezas da polifonia dos vilarejos ucranianos com a Dumai Dunai e algumas faixas do disco “Sometime Between Now and Never”. Um dub-punk eslavo com sede no Canadá e membros da Bulgária, Canadá, Estados Unidos e Ucrânia, que combinam os grooves profundos do dub com a energia do punk rock.
Dançando chegamos na Bélgica, para ouvir a Jaune Toujours, uma banda de rock sem guitarras e com o talento improvisado de um combo de jazz com aquele carisma característico de artistas de rua, com reflexões poéticas e pungentes sobre a sociedade. O disco novo se chama “Vertigo” (Choux de Bruxelles) e se apresenta fiel à tradição da banda de romper fronteiras, sejam elas linguísticas ou musicais, com letras em inglês, francês e holandês, com uma atitude punk, bateria e metais, dub de acordeão com pedais de efeito e ska belga. Confira a lista completa das músicas do programa:
- Benoît LeBlanc – “Lé zoñon” (Canadá)
- Benoît LeBlanc – “Éy laba”
- Benoît LeBlanc – “Kan mo té piti”
- Benoît LeBlanc – “Dansé Marie Laveau”
- Dumai Dunai – “Pid Dubom” (Canadá/Ucrânia)
- Dumai Dunai – “Parova Mashyna”
- Dumai Dunai – “Beaubien”
- Dumai Dunai – “Healthy”
- Jaune Toujours – “Vertigo” (Bélgica)
- Jaune Toujours – “Miroir Miroir”
- Jaune Toujours – “Dimanche (ciascuno ha un pazzo nella manica)”
- Jaune Toujours – “Step On a Crack”